Tecnologia educacional, online e gratuita, quebra barreiras no ensino da Matemática

Iniciativa torna mais acessível abordagem desenvolvida na Universidade de Stanford; alunos apresentaram ganhos de até 1,3 ano de aprendizagem matemática em apenas dez dias Transformar a matemática em algo atrativo para estudantes parece ser um desafio quase impossível aos professores. A disciplina com fama de vilã pode e deve ser encarada de uma forma aberta, criativa e visual, buscando a equidade. Essa forma inovadora de compreender a matemática está disponível por meio do “Curso de Férias: Mentalidades Matemáticas”, nova tecnologia educacional oferecida gratuitamente pelo Itaú Social e desenvolvida pelo Instituto Sidarta. Voltada para secretarias de educação que queiram melhorar os índices de aprendizagem em matemática, a iniciativa sugere a realização de uma imersão com duração média de dez dias, envolvendo professores e alunos no período de recesso escolar. Atividades cuidadosamente planejadas apresentam os princípios da abordagem e ajudam os docentes a pensar estratégias para adotar em sala de aula. A abordagem Mentalidades Matemáticas foi desenvolvida na Universidade de Stanford (EUA) e é aplicada no Brasil há oito anos. Suas experiências exitosas vêm mostrando que resolver problemas pode ser divertido, além de gerar grandes benefícios para a aprendizagem. “Conhecemos essa experiência em Stanford e logo decidimos que seria muito importante desenvolver essa tecnologia aqui no Brasil. Porém, para nós, não se tratava apenas de aplicar aqui o que foi feito lá. Nós tropicalizamos essa tecnologia: mantivemos o que há de mais central nela, o desenvolvimento do pensamento matemático profundo e crítico, e a redesenhamos levando em conta o contexto brasileiro, contando com a contribuição de professores de todo o país. O Curso de Férias MM desenvolve importantes habilidades matemáticas nos alunos em um curto período de tempo, o que, combinado a mais políticas públicas, pode nos ajudar a recuperar as defasagens das crianças e adolescentes em um intervalo de tempo bem menor”, explica Marina França, gerente de inovação educacional do Mentalidades Matemáticas. A Tecnologia Educacional foi criada com base em casos de sucesso do Mentalidades Matemáticas no Brasil: o Curso de Férias de Cotia (SP) e a formação de docentes em Vespasiano (MG). No município paulista, uma imersão presencial de dez dias, realizada com alunos de quarto e quinto anos do Ensino Fundamental, foi responsável por um salto equivalente a 1 ano e 3 meses em escolaridade matemática, calculado pelo desempenho na avaliação MARS (Mathematics Assessment Resource Service). Por ser oferecida gratuitamente, a proposta é contribuir com a melhora nos índices de aprendizagem da disciplina pelo país. Conforme os dados do último Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), apenas 5% dos estudantes de escolas públicas que terminam o Ensino Médio alcançam nível adequado de aprendizagem em matemática. “É preciso romper a narrativa de que a matemática é uma área do conhecimento direcionada a uma parcela específica de estudantes. Para isso, é fundamental levar em consideração que o ensino da disciplina é um desafio no contexto brasileiro, especialmente em relação às desigualdades sociais e educacionais aprofundadas pela pandemia de Covid-19. Repensar novos modelos de ensino que sejam mais atrativos é essencial para tornar o letramento matemático acessível a todas e todos”, diz a coordenadora de Educação Infantil do Itaú Social, Juliana Yade. Agora é diversão Jakeline, uma das alunas que participou do Curso de Férias realizado em Cotia (SP), lembra que não tinha afinidade com a matéria. No entanto, após os dez dias de atividades, sua relação com a disciplina tornou-se mais positiva. “A matemática não é tão chata. Na verdade, eu acho que ela é bem divertida porque você pode vê-la em todo lugar, com vários jeitos de resolver. Fica muito mais fácil desse jeito”. Já em Vespasiano (MG) a professora Ione Clarice, que participou da formação de docentes, observou que o maior medo de sua turma era errar na frente de seus colegas. Por conta desse temor, os estudantes transformaram a matemática em uma espécie de “bicho-papão” na escola. Logo nos primeiros dias participando da formação do Mentalidades Matemáticas, a professora entendeu que esse receio deveria se transformar em oportunidade de ensino. “Consegui demonstrar que errar não é um problema, pois, quando erram, consigo saber onde está a dificuldade e posso ajudar”, diz. Dentro de casa Não é só na escola que o impacto do curso de férias foi sentido. Bruna Santos, mãe Matheus Ryan, estudante de Cotia (SP), percebeu que seu filho ficou participativo com as tarefas domésticas. “Ele realizou as atividades em grupo tantas vezes que acabou trazendo a experiência para casa. Eu e o pai dele trabalhamos fora e chegamos tarde. Ele me ajudou bastante com as lições dos irmãos mais novos”. Sobre a Tecnologia Educacional A Tecnologia Educacional Curso de Férias: Mentalidades Matemáticas consiste em um percurso que engloba estratégias formativas para implementar o Curso de Férias, com métodos para acompanhar, monitorar e avaliar os processos de sua implementação e gestão na rede de ensino, além de conteúdos, repertório conceitual e a ciência que fundamenta a abordagem do Mentalidades Matemáticas. Sobre o Mentalidades Matemáticas A abordagem pedagógica desenvolvida pela professora de Educação Matemática da Universidade Stanford (EUA), Jo Boaler, incentiva discussões colaborativas e valoriza as diferentes maneiras de pensar a disciplina. A iniciativa é baseada em estudos da neurociência e considera que todos são capazes de aprender matemática. As atividades apresentam uma matemática mais visual, criativa e aberta, trazendo propostas colaborativas e estimulando uma nova maneira de pensar e se relacionar com a disciplina. Aplicado no Brasil pelo Instituto Sidarta, o programa já formou mais de 11 mil professores e impactou mais de um milhão de estudantes em cidades como São Paulo, Cotia (SP), Itu (SP), Altamira (PA), Santana do Ipanema (AL) e Vespasiano (MG). Fonte: Itaú Social Foto: Itaú Social
Undime participa da Premiação da I Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio

(Foto: Undime) Instituição foi representada pelo presidente nacional, Alessio Costa Lima O presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Ibaretama/CE, Alessio Costa Lima, participou, na manhã desta terça-feira, 21 de maio, do Seminário de Práticas Exitosas no Ensino de Matemática e da Premiação da I Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio. O evento foi realizado pelo Ministério da Educação, em Brasília, em parceria com o conselho gestor da Olimpíada Brasileira de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMbr), e reuniu profissionais da educação brasileira com o objetivo de promover o diálogo sobre as habilidades docentes para o ensino de matemática na educação básica. A Olímpiada é uma iniciativa que visa contribuir com a divulgação dos trabalhos de professores que têm compromisso com o ensino e a aprendizagem de seus alunos e o evento teve como objetivos a difusão de boas práticas do ensino de matemática em âmbito nacional e o reconhecimento dos professores premiados pelo Ministério da Educação. A premiação foi o reconhecimento dos 10 professores que receberam medalha de ouro, entre os mais de 550 inscritos das redes públicas do Brasil, por seu conhecimento e práticas didáticas e pedagógicas de êxito numa área que vem se mostrando desafiadora para as redes da educação básica. O evento contou com a participação da secretária-executiva do MEC, Izolda Cela; a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt; o líder do grupo que promoveu a Olímpiada, Maurício Endo; o secretário de Estado da Educação da Paraíba e representante do Consed, Antonio Roberto Souza, entre outras autoridades. (Foto: Fábio Nakakura/MEC) (Foto: Undime) Na ocasião, o presidente da Undime saudou todos os professores brasileiros, em especial, os de matemática, parabenizou o MEC pelo apoio à iniciativa e ressaltou que “vivemos um momento bem difícil quando falamos da atratividade da carreira do magistério e, de forma específica, da área de matemática”. Para ele, o campo das ciências exatas é um campo que tem se mostrado bastante árido. “Nós, que fazemos parte da educação básica, sentimos lá na ponta a ausência desses profissionais qualificados ainda. Não temos professores de matemática suficientes para as demandas e as necessidades do nosso país”. Como representante das redes municipais de educação, Alessio disse que gostaria de ter mais professores de matemática não só nos Ensino Médio e Anos Finais do Fundamental, mas também nos Anos Iniciais do Fundamental. Ele destacou ainda que a forma como a matemática é trabalhada com as crianças é o que faz com que a criança goste ou não. “Quando a criança tem um professor que é apaixonado pela matemática, que gosta daquilo que faz, ele ensina de uma outra forma. Não basta ter o conhecimento da matemática, o maior desafio é ter a metodologia adequada para tocar cada criança”. (Foto: Undime) As autoridades também lembraram a importância da formação continuada e da valorização dos profissionais da educação, enquanto eixos estruturantes do trabalho em todas as redes e sistemas de ensino. (Foto: Fábio Nakakura/MEC) Conheça os dez medalhistas de ouro: Christiano Otávio de Rezende Sena — Cefet-MG Campus I, em Belo Horizonte (MG) Felipe Mascagna Bittencourt Lima — IFSP Campus São João da Boa Vista Jardim Itália, em São João da Boa Vista (SP) José Fábio de Araújo Lima — EE Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand, em Feira de Santana (BA) Josieli Fátima Tonin Pagliosa — EE Normal José Bonifácio, em Erechim (RS) Kácio José Cardoso Santos — Centro Estadual de Educação Profissional Professora Lourdinha Guerra, em Parnamirim (RN) Milena Monique de Santana Gomes — EE Olivina Olivia Carneiro da Cunha, em João Pessoa (PB) Roberto Cesa Cucharero Peregrina — CE Prefeito Mendes de Moraes Ilha do Governador, no Rio de Janeiro (RJ) Romis de Sousa Moraes — Escola Municipal Madre Teresa de Jesus, em Ourilândia do Norte (PA) Rubens Lopes Netto — Centro de Educação Quilombola Deputado Júlio Pires Monteles, em Anapurus (MA) Silmara Louise da Silva — EE David Campista, em Poços de Caldas (MG) A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo canal do MEC no Youtube. Assista: Fonte: Undime
Governo Federal amplia Programa Nacional do Livro e do Material Didático para bibliotecas públicas e comunitárias

Novo decreto visa aumentar acesso à leitura e diversificar acervos literários em bibliotecas de todo o país O governo federal, em parceria com o Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicou na sexta-feira, 17, o Decreto nº 12.021, que amplia a abrangência do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). A nova regulamentação permite que bibliotecas públicas integrantes da administração direta e indireta dos entes federativos, assim como bibliotecas comunitárias cadastradas no Ministério da Cultura, façam parte do PNLD para expandir o acesso a obras literárias. A coordenadora-geral do PNLD, Nadja Cezar, ressaltou a importância do decreto para a implementação de políticas públicas de incentivo à leitura no país. “Precisamos destacar essa conquista, esse passo importante para as políticas de leitura no Brasil. A inclusão das bibliotecas públicas e comunitárias no PNLD amplia os espaços de leitura disponíveis, proporcionando maior acesso aos estudantes e à comunidade escolar como um todo”, disse Nadja. Além disso, a coordenadora-geral mencionou que a diversidade de acervos nas bibliotecas irá aumentar. “Teremos uma maior bibliodiversidade e uma atualização constante, pois o PNLD oferece um atendimento regular. Anualmente, disponibilizamos novos acervos, representando um movimento genuíno de ampliação do incentivo à leitura, à escrita, ao livro e à literatura.” Nadja também comentou sobre o aumento do número de bibliotecas beneficiadas. “O estímulo ao recebimento de novos acervos e à constante atualização dos acervos pode incentivar que bibliotecas públicas e comunitárias regularizem ou atualizem seus cadastros junto ao Ministério da Cultura. Isso nos permitirá ter uma visão mais ampla e precisa sobre os pontos de leitura no Brasil”, afirmou. A coordenadora-geral também enfatizou o reflexo direto desta medida nos estudantes brasileiros. “Esse registro mais fiel impacta diretamente os alunos, incentivando a leitura. O grande objetivo é ampliar os espaços para que estudantes, suas famílias e a comunidade escolar tenham mais possibilidades de leitura e acesso a conteúdos relevantes da literatura nacional e internacional. O PNLD inclui grandes nomes da literatura universal, ilustrações, quadrinhos e uma variedade de gêneros literários importantes para nossa formação como leitores. Entendemos que a ampliação dos espaços de leitura atenderá diretamente nossos estudantes e alcançará toda a sociedade”, concluiu Nadja Cezar. Fonte: FNDE https://www.gov.br/fnde/pt-br/assuntos/noticias/governo-federal-amplia-programa-nacional-do-livro-e-do-material-didatico-para-bibliotecas-publicas-e-comunitarias
