Fórum Regional da Undime promove debates estratégicos para a melhoria da educação no Sudeste brasileiro

Além das atividades da plenária, os participantes puderam receber atendimento governamental, participar de oficinas temáticas e conhecer iniciativas na área de exposições Nos dias 16 e 17 de maio, a cidade de São Paulo/ SP, foi palco de reflexões sobre educação básica pública municipal durante o Fórum Regional Sudeste Undime. O evento reuniu Dirigentes Municipais de Educação da região para discutir temas e compartilhar experiências visando a melhoria da qualidade do ensino oferecido pelas redes de ensino. Com uma programação voltada para o que há de mais urgente no âmbito educacional, durante o fórum, uma variedade de assuntos foi abordada, o que retrata a diversidade de desafios enfrentados pela educação brasileira. No encerramento do evento, o presidente da Undime, Alessio Costa Lima, Dirigente Municipal de Educação de Ibaretama/ CE, agradeceu a participação dos municípios, que mesmo com a proximidade do período eleitoral, fizeram questão de estar presentes, pois sabem que os assuntos tratados nos Fóruns da Undime são de grande relevância para o trabalho das gestões municipais e impactam na vida e aprendizado dos estudantes de todo país. “Sobretudo quando se trata dos Fóruns Regionais, estamos em busca de fortalecer a educação nacional, descentralizando os debates e proporcionando um espaço para conhecer a realidade de cada região do país. É através de eventos como este que podemos entender as demandas específicas de cada localidade e trabalhar de forma colaborativa para encontrar soluções que atendam às necessidades das redes de ensino e de todos os estudantes brasileiros. Fato que em que em um evento nacional, com cerca de duas mil pessoas, fica mais difícil tratar assuntos de maneira regionalizada”, ressalta Alessio. Atendimento governamental O Fórum Regional Sudeste da Undime foi muito mais do que um evento de palestras e mesas-redondas: quem esteve presente também teve a oportunidade de receber atendimento individualizado do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que responderam questões, sanaram dúvidas e forneceram informações sobre políticas e programas educacionais. Participante do evento, Maria Virgínia Rocha, Dirigente Municipal de Educação de Nova Iguaçu/ RJ, parabenizou a iniciativa da Undime em trabalhar as demandas e temas de âmbito nacional, de forma regionalizada. “Durante esses dois tivemos a oportunidade de conhecer dados e obter informações de maneira individualizada. Assim, conseguimos olhar para o que nossa região e nossas redes precisam e entender que as nossas demandas que podem ser diferentes de outros locais”. Oficinas temáticas Uma das principais atrações do Fórum foram as oficinas temáticas, realizadas pelo MEC e FNDE. Com temas como Prestação de Contas, Educação Infantil, PNLD, Anos Finais do Ensino Fundamental, Educação Digital, Fundeb e Condicionalidades do VAAR, esses momentos proporcionaram uma oportunidade única de aprimoramento e atualização sobre as políticas públicas educacionais em curso, na qual os participantes puderam aprofundar-se em temas visando a melhoria da qualidade da educação. A iniciativa representou importantes espaços de reflexão e troca de conhecimento em um ambiente colaborativo e participativo. Dirigente Municipal de Educação de Baependi/ MG, Dalva Ilha, define a participação no Fórum Regional Sudeste como um momento de integração, convivência e de estar juntos em prol de um objetivo. “Aqui podemos observar que as dores não são só nossas e todos nós aqui presentes dividimos as mesmas dificuldades. Isso é essencial para repensamos e refletimos a educação pública do nosso país”, afirmou. Dalva conta que explorou todas as possibilidades de conteúdos que o Fórum proporcionou. “Estar aqui é muito interessante, pois temos a oportunidade de participar das oficinas, compartilhar as nossas dúvidas. Eu tive a oportunidade de participar da oficina de prestação de contas, que foi muito enriquecedora. Além disso, o atendimento do MEC e FNDE sanou minhas dúvidas, principalmente nesse momento pré-eleitoral em que todos nós queremos entregar o município com as contas em dia e tudo certinho”, explicou. O presidente regional Sudeste, Luiz Miguel Martins Garcia, Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennucci/ SP, e presidente da Undime São Paulo, destacou a importância do engajamento de todos os estados da região que estão em busca de avanços significativos para suas redes. ” O Fórum proporcionou um espaço para fortalecermos nossa parceria, enquanto Undime, a fim de que possamos avançar juntos na construção de uma educação de qualidade que queremos”, concluiu. O espaço de exposição disponível durante o Fórum Regional Sudeste possibilitou aos participantes conhecer de perto as iniciativas de institutos e fundações parceiras da Undime, além de conferir os produtos e tecnologias das empresas credenciadas que prestigiaram o evento. Desde recursos digitais, passando por equipamentos e serviços especializados, quem esteve presente teve uma importante oportunidade de se conectar com o que há de mais inovador na área educacional. Fonte: Undime

Educação digital, políticas de conectividade e desafios das adolescências encerram os debates do Fórum Sudeste

Temas apresentados oportunizaram momentos de aprendizagem e de reflexão para Dirigentes e equipes técnicas das secretarias As últimas mesas-redondas do Fórum Sudeste da Undime proporcionaram análises profundas sobre a implementação das políticas de conectividade e de educação digital no cotidiano escolar e os desafios enfrentados pelas adolescências no ambiente escolar. A incorporação do complemento da BNCC sobre computação nos currículos da educação digital, de forma transversal, obrigatoriamente pelas escolas das redes municipais e estaduais, foi um dos temas do Fórum Sudeste da Undime. Durante a mesa-redonda “Os desafios da implementação das Políticas de Conectividade e de Educação Digital no cotidiano escolar”, Ana dal Fabbro, coordenadora-geral de Tecnologia e Inovação da Educação Básica no Ministério da Educação (MEC), e André Luiz da Cunha, líder da estratégia de assessoria técnica às redes para a implementação do complemento à BNCC sobre computação na Fundação Telefônica Vivo, compartilharam informações importantes para que as redes de ensino possam, de fato, levar conectividade e promover a educação digital nas escolas. A mediação foi conduzida por Osório Luis Figueiredo de Souza, Dirigente Municipal de Educação de Cachoeiras de Macacu/RJ, presidente da Undime RJ e vice-presidente da Região Sudeste. Ana Dal Fabbro, reforçou a importância de educar com tecnologia para a inclusão e cidadania digital e elencou algumas das ações do MEC para promover a conectividade de qualidade para uso pedagógico em 100% das escolas conectadas até 2026. “Estamos trabalhando para incentivar que os currículos estejam alinhados à BNCC, incluindo cidadania digital e novas competências digitais adequadas a cada etapa de ensino para o desenvolvimento das competências digitais de estudantes e profissionais da Educação Básica, a fim de que possam usar, entender e refletir sobre tecnologia”. Entre outras questões referentes à educação digital e conectividade, André Cunha, apresentou alguns dados da pesquisa realizada pela Undime, em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, sobre tecnologias digitais nas escolas municipais do Brasil. De acordo com os dados apurados em 2023, pelo menos uma a cada cinco (21%) redes municipais do Brasil ainda não têm o ensino de Tecnologia e Computação no currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nos anos finais, são 17%. Já na Educação Infantil, o índice sobe para 37%. Além disso, 39% dos municípios afirmam não ter ofertado formação continuada para as temáticas de tecnologia digitais aos docentes da rede e 78% dos entrevistados apontaram que “formações em tecnologia e computação para os professores da rede” devem ser priorizadas nos próximos anos. Acesse o relatório da pesquisa.  Desafios das adolescências Os desafios enfrentados pelas adolescências e juventudes no contexto educacional foram abordados na mesa que encerrou a programação do Fórum Regional Sudeste. Tereza Farias, coordenadora-geral de Ensino Fundamental do MEC, e Patrícia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social, lideraram uma discussão esclarecedora sobre as dificuldades enfrentadas por estudantes e educadores nessa etapa de ensino, que requerem um olhar e políticas públicas específicas. A mesa-redonda foi conduzida pela professora Mariane Pimenta, Dirigente Municipal de Educação de Três Pontas/MG. A representante do MEC, Tereza Farias apresentou um panorama dos Anos Finais do Ensino Fundamental na Região Sudeste, que possui 3.607.893 matrículas, sendo 31% oferecidas pelas redes municipais, 12.758 escolas e 231.491 docentes. Ela também ressaltou as mudanças que os adolescentes passam nessa fase da vida e de que forma isso impacta no rendimento escolar. “A falta de interesse pelas aulas, por exemplo, é consequência de um cérebro em reestruturação, o que demanda que a escola que promova desafios e que sejam instigante para os adolescentes”. Tereza mencionou, ainda, a iniciativa que o Ministério da Educação está desenvolvendo junto à Undime e ao Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), para a política de fortalecimento dos anos finais do ensino fundamental, o Programa Escola das Adolescências. Dentre as atividades, as escolas serão convidadas a construir um plano de ação participativo orientadas pelos instrumentos fornecidos na Semana da Escuta das Adolescências e da devolutiva dos formulários pelo MEC. Patrícia Mota Guedes levantou a questão da trajetória escolar, voltada para os Anos Finais do Fundamental. “No Brasil, apenas 5 em cada 10 estudantes têm trajetória regular, sem abandono, reprovação e repetência ao final do 9º ano do Ensino Fundamental. E no 9º ano do Ensino Fundamental, apenas 35% dos estudantes têm desempenho adequado em língua portuguesa, já em matemática, apenas 15% têm desempenho adequado”, apontou. Para apresentar o cenário desta etapa de ensino, Patrícia compartilhou os dados do estudo realizado pelo Itaú Social e pela Undime intitulado “Percepções e Desafios dos Anos Finais do Ensino Fundamental nas redes municipais de ensino”. Embora a escuta tenha tido a participação de todos os os estados e regiões brasileiras, ela apresentou os dados voltados para a região Sudeste, que tem 40% das redes municipais ofertando Anos Finais. “As redes municipais da região têm enfrentado desafios para implementar estratégias de transição entre as etapas e 28% realizam somente às vezes ou raramente ações para o fortalecimento da relação entre as famílias, escola e comunidade e 53% delas ocasionalmente ou raramente implementam espaços de diálogo e ações intersetoriais para abordar questões relacionadas à saúde mental dos estudantes”, explicou a superintendente do Itaú Social. Fonte: Undime